Curtir no Facebook

Ciência Explica: Fantasmas



Olá pessoal, depois de um tempo ausente do site, por razões pessoais (saúde, estudos, trabalho) vou recomeçar minha jornada aqui no SupernaturalBrasil, não sei se alguém se lembra, mas antes de sair eu estava construindo uma série sobre Deuses Nórdicos, vou continuá-la, porém hoje vou falar de um assunto que muitos talvez não tiveram a curiosidade. Você acredita em fantasmas? Acredita da forma que nos foi “ensinada” em Supernatural? Tem suas dúvidas à respeito do que a ciência pensa? Se sim, está convidado a embarcar nessa jornada de “desmitificações” e “comprovações”, quem sabe não fortifica sua crença nos fantasmas, ou aguça sua visão científica das coisas…


     São inúmeras as histórias sobre fantasmas que circulam em nossas vidas, desde aquelas contadas por seus tios no halloween, ou sua avó/avô quando você está fazendo alguma traquinagem e, até as histórias que vemos na TV em filmes, séries e programas televisivos, na série Supernatural, fantasmas, é quase que um elemente essencial para a trama, sem eles, seria como tentar jogar xadrez sem as peças…Estamos todos acostumados  a ouvir essas histórias desde criança, é quase impossível nunca ter ouvido uma. Mas você, já parou para pensar, se eles existem, como surgiram? É como John, Sam e Dean nos ensinaram? Que fantasmas são almas de pessoas que não aceitaram a “travessia” para o outro lado, e estão entre os dois mundos, pertubando, e uma vez ou outra conseguem ficar mais para cá do que para lá?…Vamos ver o que a ciência nos diz à respeito disso?

                                               

Para os crentes (leia-se: pessoas que acreditam em fantasmas…), um fantasma é o espírito de uma pessoa falecida que possa ter viajado para a “outra vida” e voltado, ou alguém que ficou “nessa passagem”. A definição para fantasma e espírito pode variar, desde regiões e culturas, alguns dizem que é literalmente a alma da pessoa, outros dizem que é apenas um rastro* espectral ou energético deixado para trás, como se fosse um “aroma” de um perfume que já se esgotou, mas deixou no ambiente “sua marca”. Seres humanos já acreditam em fantasmas (ou não) há milhares de anos, eles já foram citados na obra literária considerada mais antiga de todos, A Epopéia de Gilgamesh. Em cada região, em cada cultura são denominados, ilustrados e personificados de acordo com as crenças e tradições daquele povo, vamos citar apenas o geral, os fantasmas “americanos” que são os mais comuns e difundidos dentro das Américas.



O que a ciência nos diz?

Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire, estuda assombrações em diversas localidades na Grã-Bretanha, em seu trabalho ele recolhe dados, fotografias, entrevistas, depoimentos de funcionários e moradores dos locais para determinar os horários e os locais onde as supostas aparições ocorrem. Então, após suas observações, ele pediu que visitantes “turistas” passeassem e anotassem se sentiam ou presenciavam algo fora do normal naqueles locais, somente pessoas que não são ligadas à residência ou local onde os espíritos se manifestam. Em suas conclusões ele aponta: as pessoas realmente demonstram sensibilidade e indicam fenômenos onde naquele local ja teve um histórico “fantasmagórico”. Fica claro que – as pessoas que nada sabiam sobre o experimento também vivenciaram situações curiosas, – no entanto, quem já tinha conhecimento demonstrava tais reações de forma um pouco “abrupta” ou exagerada. Isso nos mostra, claramente, que pode se tratar de “promoção de eventos” (cria-se um evento e situações para atrair público) ou de um efeito psicológico parecido com o efeito placebo.  Com estas observações Richard já é intrigado a seguir em frente com os estudos, porém com a consciência aberta para a possibilidade de ser um efeito psicológico ou uma armação.

                                                            

Agora, Richard precisa responder perguntas como: Por quê? Como? De onde? Que são perguntas que o levam a definir os locais, motivos e/ou objetos que levam a aparição de tais fantasmas. Dessa vez, com a ajuda de equipamentos para medir temperatura, humidade, pressão atmosférica, luminosidade, câmeras infra-vermelho, microfones hiper-sensíveis e aparelhos de leitura de campos eletro-magnéticos. Com as análises terminadas, Richard descobriu que as manifestações detectadas são provenientes de instalações físicas no próprio prédio/casa, como um aparelho de rádio velho, fios de alta tensão, aparelhos de ondas AM/Fm, o antigo site (www.ghostexperiment.co.uk) revelava vários estudos e conclusões à esse respeito de Wiseman, infelizmente o site não se encontra mais disponível…

Embora os estudos de Richard, não foi comprovada a não-existência de fantasmas, tampouco a existência deles, o que fez com que outros cientistas ou entusiastas começassem em base dos materiais  e estudos anteriores, formular teorias e explicações racionais, psicológicas e físicas para tais eventos. Algumas das teorias são simples: pessoas confundem reflexos, sombras, e com toda aquela adrenalina e crença, o cérebro começa a gerar tais ilusões/imagens ou você apenas vê aquilo como gostaria (inconscientemente) tal como ocorre no efeito de se observar figuras em objetos abstratos como as nuvens, galhos e sombras. Outras teorias já são mais complexas, veremos à seguir:



• Campos Elétricos e Magnéticos (Eletro-magnéticos)





Alguns pesquisadores da paranormalidade como parapsicólogos, entusiastas, nerds  consideram a teoria dos campos eletro-magnéticos uma comprovação para tais efeitos e experiências, simples assim: – os fantasmas criam tais campos, -  outros sugerem que tais campos possam interagir com o cérebro humano, devido as micro-descargas elétricas que ocorrem nas sinapses nervosas, causando desde alucinações, vertigens e outros efeitos neuropsicológicos. As explicações são várias, as mais comuns são: as pessoas possuem esses experimentos à noite, juntando o fator “clímax” com o “medo” o ambiente “desfavorável” e os ventos solares, isso mesmo, ventos solares que interagem com a magnetosfera da terra, alguns afirmam que são graças a tais efeitos que o cérebro humano sofre tais influências que somadas às condições atuais criam efeitos “paranormais”.

                   

Pesquisadores médicos também obtiveram conclusões que aprovam essas teorias, por exemplo, o estímulo elétrico na região “Giro Angular” do cérebro pode causar a sensação de “estar sendo observado”, de “existir alguém atrás de você, imitando seus movimentos e gestos” os mesmos estímulos em outras regiões do cérebro causam efeitos ainda mais complexos, por exemplo, as experiências de quase-morte. Agora imagine o que tais estímulos não fariam em outras regiões? Acho que dependendo da intensidade de tais estímulos ficaria fácil ver um dinossauro sentado na minha cama…

• Temperatura

Uma sensação de queda de temperatura, frio intenso e até ‘congelamento instantâneo’ são um dos fenômenos que somos acostumados a presenciar em Supernatural quando há uma presença espiritual, nos casos considerados “reais” embora não tão “exagerada” como vemos no seriado, o ambiente sofre uma queda  de temperatura, é algo típico. Nossos pesquisadores, com o tempo e o equipamento necessário conseguem identificar fontes de tais fênomenos, como chaminés, infiltrações, aparelhos de resfriamento com malfuncionamento, e outro fator científico pode ser a umidade, que ao variar também eleva ou diminui a temperatura ou sensação térmica do ambiente, essas foram as conclusões de Richard Wiseman em suas pesquisas.



• Ondas sonoras de baixa frequência

Pesquisadores relataram que as ondas de baixa frequência, conhecidas como infrassom, tais ondas podem causar reações nas pessoas que se assemelham a sensação de presença de um espírito ou fenômeno, geralmente são sensações de desconforto, ansiedade e nervosismo, explicada por influência de tais ondas no cérebro, mesmo que você não as escute “completamente”. Tais ondas também podem fazer os olhos vibrarem, causando visualizações de objetos distorcidos ou vertigem, o que não está acontecendo realmente. Essas ondas são geralmente inferiores a 20 Hz; dessa forma nosso sistema auditivo não capta totalmente a ponto de traduzir o processo em som para o cérebro interpretar, o que ocorre é uma interpretação indireta do cérebro, de forma insconsciente, onde você não ouve, mas sofre os efeitos, até por ouvir e não compreender. Em um caso, nossos pesquisadores com ajuda de aparelhos para medição de tais ondas, descobriram no ambiente assombrado que tais ondas eram provenientes de um ventilador com defeito, após desligamento e mudar o objeto de local tais ondas desapareceram ou reduziram.



Pesquisadores mais céticos, acreditam que tais efeitos fantasmagóricos tenham explicações racionais. Entretanto, aqueles que tentam provar a existência de fantasmas dizem que, embora algumas ocorrências tenham explicações racionais, outras só podem ter se originado de forma sobrenatural. Independentemente do fato de os fantasmas serem reais ou não, muitas pessoas os acham fascinantes. Essa fascinação tem um número de causas prováveis, desde a curiosidade sobre o que acontece com as pessoas depois da morte até a idéia reconfortante de que os entes queridos que já morreram estão por perto.



Concluindo, de acordo com o relatório da NSB – Junta Nacional De Ciência, nos diz que: A crença na paranormalidade pode ser perigosa, sabe por quê? Segundo a NSB, acreditar em seres místicos, efeitos mágicos etc., é um sinal da diminuição da capacidade de resolver problemas de forma racional e de tomar decisões lógicas, as pessoas se tornam dependentes de mitos e crenças para explicar fenômenos que os assustam, dessa forma não é preciso confrontar o problema e questioná-lo, simplesmente aceitá-lo. De qualquer forma, uma vez que é virtualmente impossível provar que algo não existe, as pessoas provavelmente continuarão acreditando em fantasmas e em casas assombradas, principalmente pelo fato de ocorrências inexplicáveis poderem acontecer a qualquer momento.



Espero que tenham gostado do texto, e lembre-se, cada um acredita e defende o que acredita, isso foi apenas uma outra visão, é claro que temos que possuir a mente aberta para possibilidades e use sempre  o senso crítico, mas sem esquecer o senso comum.




Adaptado de: HoWStuffWorks

Reescrito por: Thyago Leal